O secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) afirmou hoje que há investigações judiciais em curso sobre alegadas ligações entre as 'secretas', empresas privadas e Maçonaria e que até à sua conclusão é precipitado tirar conclusões.
Segundo adiantaram à agência Lusa fontes parlamentares, perante os deputados da Comissão Parlamentar de Defesa, Júlio Pereira afirmou que estão por provar as notícias sobre passagem de informações de membros do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) para empresas - como a Ongoing -, acesso a telefonemas de jornalistas e pertença de vários 'espiões' e de políticos à loja Mozart, da Grande Loja Regular de Portugal (GLRP).
Segundo o semanário Expresso noticiou há duas semanas, para além de Nuno Vasconcellos (presidente da Ongoing) e Jorge Silva Carvalho (atual quadro da Ongoing e ex-diretor do SIED), também o presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Luís Montenegro, é 'maçon' da Loja Mozart.
Na reunião com os deputados, Júlio Pereira terá dito que eventuais conclusões sobre este processo cabem ao Ministério Público, que tem uma investigação em curso.
Na semana passada, o PS propôs na comissão de Assuntos Constitucionais que os relatórios produzidos pelos partidos sobre o alegado funcionamento irregular dos serviços secretos sejam enviado ao Ministério Público por conterem "indícios de ilícitos criminais".
Também a Optimus anunciou em setembro do ano passado a apresentação de uma queixa-crime devido à alegada passagem de informações da operadora para o SIED, contendo dados com as comunicações telefónicas do jornalista Nuno Simas, ex-jornalista do Público e atual diretor-adjunto da agência Lusa.
(Tratto da: DN Politìca)